A avaliação prévia da situação comercial e financeira da
refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), para orientar sua compra pela
Petrobras, foi feita em prazo de cerca de 20 dias, segundo documento
confidencial da própria estatal, datado de 31 de janeiro de 2006. Um
procedimento padrão de “due diligence” (como o mercado chama a auditoria
realizada para avaliar questões jurídicas, operacionais e financeiras
em processos de fusões e aquisições) levaria de dois a três meses para
ser concluído. O documento foi revelado nesta sexta-feira, 28, pelo
jornal O Globo. Em um dos anexos do documento, uma consultoria
contratada pela estatal pouco antes da compra, a BDO Seidman, de Los
Angeles (EUA), disse que, em razão do “tempo limitado”, a estatal
deveria buscar sua própria avaliação de dados. A Petrobras comprou a
refinaria da trading belga Astra Oil em 2006. Após litígio com o sócio e
disputa judicial, a estatal foi obrigada a comprar a totalidade do
negócio em 2012, pagando US$ 1,18 bilhão por toda a operação, que oito
anos antes fora adquirida por US$ 42,5 milhões pelos belgas, como
revelou o Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado,
em julho de 2012.
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