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domingo, 16 de março de 2014

A íntegra da nota de Sarney sobre o arquivamento de denúncia


  • Assessoria de senador afirma que ele nunca teve conhecimento das acusações
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BRASÍLIA — Leia a íntegra da nota da assessoria do senador José Sarney sobre o arquivamento de denúncias durante o regime militar:
“O Senador Sarney nunca teve conhecimento desta denúncia. Ela é firmada por um capitão que, à época e depois, foi um dos líderes da linha dura e o acusava de estar cercado de comunistas em seu governo.
O sectarismo de tal denúncia pode ser visto em sua linguagem: “reuni dados concretos comprometedores da lisura administrativa de auxiliares do Governador Sarney” e “tendo a SUDEMA admitido em seu Quadro alguns elementos considerados antirrevolucionários, pessoas essas que estiveram envolvidas em processos, tendo um deles, no caso o seu Superintendente Adjunto Sr. José Tribuzi Pinheiro Gomes (Bandeira Tribuzi), estado preso por uns 50 dias no 24º BC, em 1964, e outro, no caso, o Dr. Benedito Buzard (sic), tido cassado o seu mandato parlamentar, além de outros que […] são tidos como esquerdistas notórios, não desejou a SUDEMA tornar público e ficar assim comprovado o contrato desses elementos, receosa, naturalmente, de vir a Guarnição a tomar como acinte a admissão dos mesmos”.
A apuração foi feita pela própria Guarnição do 24º BC, como se depreende do próprio documento, como por exemplo: “…o Anexo nº 19, documento resposta ao ofício da Guarnição constante do Anexo nº 18…” ou “Tendo a Guarnição, através do Ofício nº 13-Gu.S/2 […] solicitado ao Tribunal de Contas a relação nominal dos funcionários […] obteve a resposta através do Ofício S/N de 8/4/69…”. São diligências e coleta de inexistentes provas, origem da delirante denúncia.
As denúncias não foram levadas a sério nem pelo próprio Comandante, como conclui o denunciante: “…basta querer apertar o cerco. Assim iria agir, 1/ 11/03/20142014 03 11 resposta a O Globo sobre mas, quando solicitei ao […] Sr. Cel. Comandante da Guarnição [do 24º BC], fosse feito novos ofícios para outros Órgãos […] me foi determinado para, nesse ponto, entregar a denúncia à CEI…”
Seria o extremo paradoxo que eles mesmos, denunciantes e apuradores, tivessem o objetivo de ocultar suas próprias denúncias.
O Senador Sarney recorda que processou os jornais que o acusavam e teve sua vigilância permanente, que assumia um caráter de perseguição por ter colaboradores considerados comunistas e por não ter apoiado o AI-5.
São fatos que remontam aos dias seguintes ao AI-5, portanto há 45 anos. Estas denúncias demonstram que o Senador Sarney teve que enfrentar um duro combate desse grupo militar. Todos conheciam o extremo radicalismo do autor”.

 

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