Interrupção no serviço ocorre desta quarta-feira até o
dia 19 de outubro. Somente atendimentos de urgência e emergência serão feitos
no Quatrocentos
mil segurados de sete planos de saúde vão ficar sem atendimento na Bahia a
partir desta quarta-feira (10). A paralisação dos médicos conveniados vai durar
dez dias e neste período só vão ser feitos atendimentos de urgência e
emergência. Às 14h desta quarta-feira (10) está previsto um debate entre o
Ministério Público, o Procon, a Agência Nacional de Saúde (ANS), entidades
médicas e usuários de planos de saúde, na Associação Bahiana de Medicina,
localizada no bairro de Ondina, em Salvador. O encontro é aberto ao público.
Até o dia 19 de outubro estão suspensos os exames, procedimentos, as cirurgias
e consultas médicas realizados pelos planos Hapvida, Amil/ Medial, Sulamérica,
Cassi, Petrobras, Geap e Golden Cross. "Nós pagamos um plano
relativamente caro para ficar sem ser atendido é um absurdo", diz uma
usuária. "Se emergência pode eu vou para a emergência, é o único jeito,
ne?", indaga uma idosa. A categoria médica afirma que a paralisação é
motivada por três fatores principais. "A questão do desequilíbrio econômico,
com a remuneração inadequada, a questão da interferência abusiva em atitudes
antiéticas em relação á autonomia do profissional médico e um problema grave,
que é a questão dos contratos. A maior parte dos médicos não têm um contrato
com uma periodicidade, índices de reajuste nem critérios para
descredenciamento. Muitas vezes o profissional indica e solicita procedimentos
e tratamentos e os planos muitas vezes postergam a liberação, dificultam e
questionam aquela indicação médica., e o maior prejudicado é o paciente, porque
o médico não lida com a questão do lucro, ele está lidando com a melhor escolha
para seu paciente", diz Debóra Angeli, médica. A Federação Nacional das
Empresas de Saúde Suplementar informou que as operadoras de plano de saúde têm
concedido reajustes regulares aos médicos, acima da inflação. Disse ainda que
os médicos ganham, em média, R$ 58 por consulta, o que em 22 dias trabalhados
daria um rendimento de quase R$ 20 mil. A Federação alegou, ainda, que no ano
passado o setor gastou mais do que arrecadou, e que é preciso manter as contas
equilibradas para garantir a manutenção dos serviços. A Agência Nacional de Saúde Suplementar, que fiscaliza os planos
de saúde, informou que o protesto dos médicos não pode prejudicar o
atendimento aos segurados. Disse ainda que é proibido cobrar valores adicionais
por consultas ou qualquer outra prestação de serviço que tenha cobertura
obrigatória pelo plano contratado.
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