Uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) identificou
ocorrência sui generis na cúpula do Judiciário da Bahia. Maria de Fátima
Carneiro de Mendonça, enfermeira de profissão, mulher do governador baiano,
Jaques Wagner (PT), tornou-se servidora efetiva do Tribunal de Justiça sem
fazer concurso público. Recebe salário de R$ 13.619. Ainda segundo o CNJ,
Fátima seria servidora fantasma. “A mulher do governador é do Tribunal de
Justiça, está efetivada lá e ela nunca foi lá”, aponta a corregedora Nacional
de Justiça, Eliana Calmon. A ministra afirmou que situações como essa
evidenciam “a existência de conluio” entre o Executivo, o Judiciário e o
Ministério Público da Bahia. A corregedoria identificou o caso durante inspeção
no TJ-BA, realizada em julho. Ao examinar o processo 13.690/2012, o CNJ deparou
com “eventual acumulação irregular de cargos públicos” citando Maria de Fátima
como ocupante de dois cargos distintos, um no Executivo, como analista, e outro
no Judiciário, como assessora de supervisão geral. Em 5 de fevereiro de 2004, a
mulher do governador assumiu cargo comissionado e atualmente está lotada na
Coordenação de Assistência Médica. As assessorias do governador Jaques Wagner e
do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia negaram irregularidades na contratação
da primeira-dama do Estado, Fátima Mendonça. (Fonte Agência Estado)
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