Pesquisa
sustenta a tese do paradoxo da obesidade, em que pacientes com excesso de
gordura são mais protegidos do que os considerados saudáveis
A
diabetes de tipo 2, considerada uma doença de pessoas obesas e sedentárias,
também se desenvolve em indivíduos que fogem destas características. Em estudo
realizado por pesquisadores de diversas universidades americanas e publicado no
início deste mês no Journal of the American Association, porém, cientistas
descobriram que aqueles com o peso normal durante o período dos diagnósticos
tinham duas vezes mais probabilidades de morrer em relação aos que estavam acima
do limite saudável.
Foram
ouvidas mais de 2.500 pessoas com o problema. Algumas foram acompanhados de
perto por mais de dez anos. Os cientistas não souberam responder o porquê de uma
maior massa corporal proteger alguém com diabetes. Alertaram, porém, para a
possibilidade de alguns médicos tratarem pacientes magros de maneira diferente
dos acima do peso, não os incentivando a dietas e exercícios
físicos.
—
Pessoas com o peso normal podem estar sendo tratadas de maneira menos agressiva
— afirma Mercedes Carnethon, uma das autoras do estudo e professora de medicina
preventiva na Northern University, do estado de Ohio.
As
descobertas alimentam a teoria do paradoxo da obesidade, sustentada pelos
pesquisadores. É a conclusão de que pessoas com certas doenças crônicas tendem a
desenvolver uma taxa de mortalidade menor se possuírem quilos excessivos. O
fenômeno já foi registrado anteriormente em estudos sobre hipertensão,
insuficiência cardíaca e doenças renais. — Achávamos, porém, que o paradoxo da
obesidade não se aplicaria a este tipo de doença, graças à grande associação
entre a obesidade e a dibetes — diz Carnethon. Em comunicado, os pesquisadores
dizem que o estudo é "uma lembrança da necessidade da prevenção e de controle da
doença em todos os portadores de diabestes tipo 2”. Um alerta é direcionado para
diabéticos com o peso considerado normal, que "podem ter a falsa sensação de
proteção porque não são estão obesos". Fonte O Globo
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