Pergunte a qualquer um em Brasília: a esta altura
do ano eleitoral, você aceitaria convite para encontro com Lula no
escritório doméstico do ex-ministro Nelson Jobim achando que só
iria rolar uma social pós-convalescença do ex-presidente?
Para início de conversa, todo mundo na Praça dos
Três Poderes está careca de saber que, depois daquilo tudo, Lula só
recebe amigos no Sírio Libanês!
Se foi lá, quase sempre no setor de
fonoaudiologia do hospital, que “o cara” se encontrou com FHC,
Sarney, Kassab, Romário, Marina Silva, Ronaldo Fenômeno, Dilma
Rousseff e o escambau, por que diabos seria diferente com Gilmar
Mendes?
Cá pra nós, ao conferir o chamado de seu
telefone celular na manhã daquela ensolarada quinta-feira, 26 de
abril, o ministro do STF foi tão ingênuo quanto um desses velhinhos
que caem no golpe do falso sequestro de parentes!
Ninguém poderia imaginar a proposta indecente que
lhe aguardava – cobrança de prenda no julgamento do mensalão em
troca de proteção na CPI do Cachoeira –, mas coisa boa, disso
todos sabiam, não haveria de ser.
Gilmar Mendes é vítima nessa história! Coube a
ele o papel de bobo, coitado! Os outros não têm desculpa!
Ou não!
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