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segunda-feira, 21 de abril de 2014

História de Xique-Xique (BA): O CORREIO E A OMISSÃO DO PROMOTOR DE JUSTIÇA

 
       No ano de 1841, a Câmara de Vereadores de Xique-Xique (BA), era composta pelos seguintes cidadãos: José Rufino de Magalhães; João Rodrigues Covas Sobrinho; Ernesto Augusto da Rocha Medrado; Francisco Antônio da Rocha; Antônio Mendes da Costa; Francisco Netto Martins e Leandro José Rodrigues.
O livro "Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique - História de Chique-Chique", de autoria do pesquisador, historiador e Professor Cassimiro Machado Neto, conta a seguinte história que se passou em Xique-Xique (BA), naquele ano, a qual transcrevemos na íntegra:

                "Solicitada a criação de correios para a Barra
No ano de 1841 a Câmara Municipal de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique havia solicitado ao Presidente da Província da Bahia, Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (26.07.1841-12.08.1844) a criação de um serviço de correios entre Barra e Chique-Chique. 

Câmara denuncia omissão do promotor de justiça
   Na mesma data (1841) comunicara-lhe que o Promotor da Justiça Pública Dr.João José do Rego não estava cumprindo com suas obrigações. E apresentou-lhe uma lista tríplice para a designação de um novo Promotor da Justiça Pública para a vila e município de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique:
       - Pedro Manoel da Silva Albuquerque: proprietário, negociante; boa inteligência e detentor de cinco eleitores da Paróquia;
         -  José Alexandre de Souza: proprietário, negociante e detentor de três eleitores da Paróquia;
         -   José Martins da Rocha: negociante.
 
Novo promotor foi designado
 Posteriormente, o Presidente da Província da Bahia Joaquim José Pinheiro de Vasconcelos (26.07.1841-12.08.1844) comunicou à Câmara Municipal de Senhor do Bonfim e Bom Jesus de Chique-Chique que o nome escolhido fora o de Pedro Manoel da Silva Albuquerque e designado em 17 de dezembro de 1841."
 
 

INCONFIDÊNCIA MINEIRA - TIRADENTES

Tiradentes esquartejado - Pedro Américo - 1893

             Às 2h da manhã do dia 19 de abril de 1792, é pronunciada a sentença do alferes:


  
                                                 Tiradentes, o bode expiatório
                                                                           Laura Pinca 
     Novos estudos históricos apresentam uma inconfidência mineira diferente daquela que nos narram os livros didáticos.
Embora a historiografia oficial considere a inconfidência mineira (1789) como uma grande luta para a libertação do Brasil, o historiador inglês Kenneth Maxwell, autor de "A devassa da devassa" (Rio de Janeiro, Terra e Paz, 2ª ed. 1978.) que esteve recentemente no Brasil, diz que "a conspiração dos mineiros era, basicamente, um movimento de oligarquias, no interesse da oligarquia, sendo o nome do povo invocado apenas como justificativa", e que objetivava, não a independência do Brasil, mas a de Minas Gerais.
     Esses novos estudos apresentam um Tiradentes bem mudado: sem barba, sem liderança e sem glória. Segundo Maxwell, Joaquim José da Silva Xavier não foi senão o "bode expiatório" da conspiração. (op.cit., p. 222) "Na verdade, o alferes provavelmente nunca esteve plenamente a par dos planos e objetivos mais amplos do movimento." (p.216) O que é natural acreditar. Como um simples alferes (o equivalente a tenente, hoje) lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores?
     A Folha de S. Paulo publicou um artigo (21-04-98) no qual se comentam os estudos do historiador carioca Marcos Antônio Correa. Correa defende que Tiradentes não morreu enforcado em 21 de abril de 1792. Ele começou a suspeitar disso quando viu uma lista de presença da Assembléia Nacional francesa de 1793, onde constava a assinatura de um tal Joaquim José da Silva Xavier, cujo estudo grafotécnico permitiu concluir que se tratava da assinatura de Tiradentes. Segundo Correa, um ladrão condenado morreu no lugar de Tiradentes, em troca de ajuda financeira à sua família, oferecida pela maçonaria. Testemunhas da morte de Tiradentes se diziam surpresas, porque o executado aparentava ter menos de 45 anos. Sustenta Correa que Tiradentes teria sido salvo pelo poeta Cruz e Silva (maçom, amigo dos inconfidentes e um dos juízes da Devassa) e embarcado incógnito para Lisboa em agosto de 1792.
     Isso confirma o que havia dito Martim Francisco (irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva): que não fora Tiradentes quem morrera enforcado, mas outra pessoa, e que, após o esquartejamento do cadáver, desapareceram com a cabeça, para que não se pudesse identificar o corpo.
"Se dez vidas eu tivesse, dez vidas eu daria pelo Brasil".        
     Como só tinha uma, talvez Tiradentes tenha preferido ficar com ela.

Foto interessante de Xique-Xique (BA): ARTEFATOS DE BARRO


O artesanato em argila sempre foi um tradição dos xiquexiquenses. A margem do rio São Francisco em Xique-Xique (BA) é rica em argila - chamamos de "barro de louça" - e os moradores das inúmeras ilhas do Município sempre se dedicaram à confecção de potes, moringas, panelas, etc.
As lideranças da cidade  bem que poderiam estimular esse tipo de artesanato.

Baixio de Xique-Xique (BA): O PROETO DE IRRIGAÇÃO

       Baixio de Xique-Xique (BA): O PROJETO DE IRRIGAÇÃO 


Tomada d'água no Município de Xique-Xique (BA).

     Informo aos seguidores e leitores deste Blog que a população da cidade de Xique-Xique (BA) não concorda com a denominação de "BAIXIO DE IRECÊ" dada ao Projeto de Irrigação que está sendo implantado no Município de Xique-Xique (BA), local onde estão situados o "BAIXIO" A SER IRRIGADO e a ÁGUA necessários à existência do referido Projeto de Irrigação. 

     Denominá-lo de "BAIXIO DE IRECÊ" é um grande equívoco e, acredito mesmo, que os habitantes da cidade de Irecê (BA) não devam sentir-se confortáveis com essa indevida denominação pois, sabem mais que ninguém, que naquele Município não existe "baixio irrigável" e nem água para irrigação além de ficar a uma distância de mais de 100 km da margem do Rio São Francisco, local da tomada d'água e do canal principal, ambos no Município de Xique-Xique (BA), (fotos). 

    Como acredito não serem eles os autores da equivocada denominação e sim que tenha partido de algum técnico que desconhece a realidade dos fatos, bem que os habitantes da cidade de Irecê poderiam ser parceiros dos Xiquexiquenses nesse pleito de mudança do nome do Projeto para "BAIXIO DE XIQUE-XIQUE", a não ser que queiram compactuar com essa usurpação

Canal principal do Baixio, no Município de Xique-Xique (BA).


Canal Principal no Município de Xique-Xique (BA).

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