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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

PT arrecada recursos para pagar multas de mensaleiros

Na linha de defesa de petistas condenados no mensalão e em protesto contra a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), o diretório do partido no Distrito Federal começa a partir de quinta-feira (17) a arrecadar dinheiro para pagar às multas que foram aplicadas a ex-dirigentes da legenda no processo.
Para reunir os recursos, a juventude do PT local está vendendo convites, que variam de R$ 100 a R$ 1.000, para um jantar oferecido em uma galeteria de Brasília. Foram vendidos 110 ingressos e a expectativa é que o evento reúna 170 convidados.
Convite para jantar organizado para ajudar condenados
Convite para jantar organizado para ajudar condenados

Confirmaram presença o tesoureiro do PT João Vaccari, os deputados Ricardo Berzoini (PT-SP) e Zeca do PT (PR), além de líderes petistas da capital federal. Além do jantar, está programado um debate sobre o julgamento.
A ideia é começar a arrecadar verba para custear as multas do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil) dos deputados José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (PT-SP), além do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares. Somadas, o valor chega a R$ 1,8 milhão.
"Os companheiros foram condenados sem provas e não achamos justo que tirem um só centavo para pagar as multas", disse Pedro Henrichs, dirigente do PT zonal e um dos organizadores do jantar.
No convite, os petistas pedem a mobilização dos correligionários para o pagamento da punição e classificam as multas como uma das " injustiças cometidas" no processo.
Para justificar o jantar, a organização afirma que "o alvo deste julgamento sempre foi o PT e que é necessário mobilizar a militância para defender o nosso partido".
Homem forte do governo Lula, Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de prisão. A pena de Genoino foi de 6 anos e 11 meses de prisão. Delúbio foi punido com 8 anos e 11 meses de prisão e João Paulo pegou 9 anos e 4 meses de reclusão.
No ano passado, o STF condenou 25 dos 37 réus do mensalão. O Supremo definiu que houve um esquema de desvio de recursos públicos da Câmara e do Banco do Brasil que, misturados a empréstimos fictícios, foi utilizado na compra de apoio político no Congresso durante os primeiros anos do governo Lula. (MÁRCIO FALCÃO)  - Folha de São Paulo - 16´01.2013

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