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domingo, 27 de janeiro de 2013

Pq. Ecológico de São Carlos é berçário de espécies em extinção

Um dos animais com maior risco de extinção no país, o mico-leão-preto ganhou um aliado na preservação da espécie.
Ele tem 27 dias de vida, 20 cm (contando o rabo), 50 g e vive com pai, mãe e irmão no parque ecológico de São Carlos (a 232 km de São Paulo).
Esse bichinho --primeiro da espécie a nascer no local em dois anos-- tem uma grande responsabilidade: crescer com saúde e ter filhos.
O mico recém-nascido não é o único em risco de desaparecimento a habitar o espaço.
No total, há 30 espécies nessa situação. Em 37 anos, seis delas procriaram --mico-leão-dourado, cervo-do-pantanal, papagaio-charão, urso-de-óculos e papagaio-de-cara-roxa, além do mico-leão-preto. Foram 50 nascimentos.
O parque é o único no país dedicado exclusivamente à fauna sul-americana, o que o torna um dos mais importantes da região, na avaliação de Luiz Pires, presidente da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil.

Mico-leão-preto nascido no parque de São Carlos; há só 50 exemplares da espécie em cativeiro no mundo
JAULA DO AMOR
Para a reprodução do mico-leão-preto dar certo, os biólogos do parque criaram uma "jaula do amor" para o casal de namorados.
É um cantinho tranquilo, com o mínimo de interferência. E longe do olhar de curiosos --a área dos micos é fechada aos visitantes. Só entram o tratador e o biólogo.
O nascimento de um mico-leão-preto é raro porque há poucos exemplares criados em cativeiro --cerca de 50 em todo o planeta, segundo Fernando Magnani, diretor do parque de São Carlos.
O número pequeno faz com que micos consanguíneos (parentes) tenham de cruzar, o que dificulta a reprodução em ambientes artificiais.
"Quase todos [os micos-leões-pretos] são irmãos ou primos de primeiro grau. Ocorrem muitos abortos e nascimentos prematuros ou com deformidades", diz Magnani.
O parque de São Carlos, que recebe animais de zoológicos de todo o país, virou referência na reprodução em cativeiro por praticar o manejo dos animais --que inclui análise da alimentação e hábitos de vida dos bichinhos.
Uma família --casal e dois filhotes-- de urso-de-óculos é outra atração do local. Dez filhotes da espécie rara já nasceram em São Carlos e foram enviados para reservas do Brasil e de outros países da América do Sul.
Mas nem só de animais ameaçados vive o parque. No total, moram lá 600 bichos, de cem espécies, como pinguins, lontras, onças-pretas e lhamas.


 Fonte: Folha de São Paulo

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