O escritório americano Labaton Sucharow, que representa Providence, 
capital do Estado de Rhode Island, em uma ação contra a Petrobrás e duas
 de suas subsidiárias, adotou uma estratégia jurídica agressiva: incluiu
 na ação a presidente Dilma Rousseff e outras 11 autoridades públicas e 
empresários na condição de "pessoas de interesse da ação".
 Constam da lista o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o empresário 
Jorge Gerdau, do grupo Gerdau, e o executivo Fábio Barbosa, presidente 
do Grupo Abril, todos ex-integrantes do conselho de administração da 
Petrobrás.
 O processo nos EUA ajudou a derrubar em mais de 6% as ações da estatal 
ontem. Ele tem entre os réus a presidente da estatal Graça Foster e um 
ex-membro do conselho de administração, o empresário Josué Gomes da 
Silva, presidente da Coteminas.
 O grupo de 12 pessoas está em outro situação: é citado por ter assinado
 prospectos que serviram de base para as emissões de títulos de dívida e
 ADS (American Depositary Share) que são discutidos no processo.
 Os demais são: Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás; Luciano 
Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES); Miriam Belchior, ministra do Planejamento; Silas Rondeau
 e Márcio Zimmermann, ambos ex-ministros de Minas e Energia; Sérgio 
Quintella, ex-presidente do Tribunal de Contas da União; Marcos Antônio 
Menezes, do Instituto Brasileiro de Petróleo; e o general Francisco 
Roberto de Albuquerque. A reportagem tentou contato com todos os 
citados. Os que responderam até o fechamento da edição não quiseram 
comentar a ação.
 Estratégia
 Segundo advogados ouvidos pelo Estado no Brasil e no exterior, neste 
condição, os citados não são réus. "Mas, pela lei americana, dependendo 
do desenrolar da ação, do surgimento de novos fatos, das provas que 
forem anexados aos autos, o escritório pode pedir ao juiz que elas sejam
 chamadas a depor ou mesmo transformadas em réus", explicou o advogado 
americano James Munisteri, sócio especializado em litígios do escritório
 texano Gardere.
 Segundo Munisteri, em litígios do gênero "pessoas de interesse da ação"
 podem virar réus se ficar provado duas circunstâncias: que elas sabiam 
que as declarações nos prospectos eram falsas ou se agiram com grave 
negligência, como assinar os papéis sem ler direito.
 Na sua avaliação, incluir no processos autoridades tão importantes do 
Brasil pode ser uma "estratégia de pressão para forçar um acordo".
 Em entrevista ao Estado, o sócio do Labaton Sucharow, Michael Stocker, 
responsável pelo caso, disse que "por enquanto" não há planos em 
transformar as "pessoas de interesse" citadas no processo em réus. Ele 
ainda afirmou que é "muito cedo, em nossa estratégia de litígio, dizer 
se essas pessoas serão chamadas a depor". Em um ponto ele disse ter 
certeza: os valores mínimos das multas a serem aplicadas no caso 
Petrobrás ficarão na casa de "centenas de milhões de dólares".
 O valor arrecado pela Petrobrás com os certificados de dívida e as ADS 
que estão no processo passam de US$ 100 bilhões. Por isso, Munisteri 
acha que o processo pode colocar o caso entre o maiores já movidos nos 
EUA, gerando indenizações tão altas quanto as dos casos Enron e 
Worldcom.
Fonte: O Estadão 




























                        
      
 Desenvolvidos por dois jovens indianos para ajudar pessoas cegas, os 
sapatos munidos com GPS se tornaram um sucesso enorme no país e devem 
ser inseridos no mercado internacional com pedidos de compra de 20 
países até o momento.

                        
      
 O governador da Bahia Jaques Wagner é cotado para assumir a Petrobras, 
de acordo com o jornal Valor Econômico e a revista Exame. Fala-se que o 
nome de Wagner é o preferido da cúpula do PT para reestruturar a 
estatal, recentemente envolvida em escândalos de corrupção. De acordo 
com as reportagens, a avaliação é que o petista teria autoridade para 
assumir a função.

