Jorginho participou do Arena SporTV
"O Bahia estava acuado. Só
se vence no futebol tentando jogar pra frente. É dar confiança aos atletas e
tentar jogar para frente", disse técnico. O Bahia terminou o primeiro
turno com apenas 29,8% de aproveitamento, na 16ª colocação. Jorginho chegou e o
jogo virou de vez. Em seis partidas sob o comando do técnico, o tricolor venceu
quatro e empatou duas. Um aproveitamendo de 77,7% e a liderança isolada no
returno da Série A. Não tem mágica, o treinador faz questão de valorizar
o grupo do Bahia. “Esse trabalho é feito pelos atletas. Eles são os astros e o
mérito é todo deles”, disse o comandante, que um dia após vencer o Figueirense
por 2x1, foi um dos convidados do programa Arena SporTV, na tevê fechada.
Após o compromisso, Jorginho, sempre solícito, atendeu à reportagem do CORREIO
e topou falar com mais detalhes sobre a façanha do time nesse segundo turno de
Brasileirão. Ele não escondeu a felicidade por ter conseguido resgatar o
orgulho dos torcedores. “Ficamos felizes pelo Bahia, pelo torcedor e pelo
estado da Bahia, que está feliz. É um fator muito gostoso. Mas, ao mesmo tempo,
é uma ilusão. Nós precisamos sair desse buraco que nos encontramos hoje e no
final do campeonato ter uma alegria mais concreta”, diz. Com Jorginho na
área técnica, o comportamento dos jogadores mudou. A ofensividade do time,
independentemente do adversário, é o ponto forte do tricolor. “O Bahia estava
acuado, até pela situação de estar na zona. Eram poucas vitórias, poucos gols
marcados... Só se vence no futebol tentando jogar pra frente. É dar confiança
aos atletas e tentar jogar para frente”, diz. Uma das principais queixas dos
torcedores com os antigos treinadores era em relação ao discurso. Falcão, por
exemplo, por diversas vezes, foi criticado por valorizar demais os rivais.
Jorginho pensa diferente e cita um exemplo. “Eu só tinha 1,70m quando jogava.
Imagine eu, com esse tamanho, com medo de enfrentar alguém. Temos que
respeitar, mas o Bahia não pode ter medo”, dá o recado. Depois, o
comandante explica como aplica essa teoria com os jogadores. “É você ter
coragem e saber das suas limitações. Todos nós temos uma limitação, mas ninguém
sabe até onde pode ir. É isso que eu coloco para os atletas. Eles não sabem
onde podem ir e a cada dia, sei que eles podem melhorar. Essa é a exigência que
temos”, complementa. A boa fase no campeonato é comemorada e serve de
exemplo, mas Jorginho não se deixa enganar. A invencibilidade no returno não
permanecerá até o fim do Brasileiro, garante ele. “Não se consegue ficar muito
tempo num patamar muito alto. Quando cair, tem que saber levantar. Não sei como
a nossa equipe vai reagir quando perder. Temos que estar bem preparados para
isso”.
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