PETROLEIROS DA BAHIA EM GREVE

A greve é nacional

Por decisão das assembleias em todas as unidades da Petrobrás, Transpetro e Pbio, os petroleiros param suas atividades por 24h nesta quarta (26), a partir da zero hora. Segundo o coordenador geral do Sindipetro Bahia, a greve é uma respósta dos trabalhadores, dirigentes e militância, para fazer valer a vontade da categoria e mostrar às empresas que não aceita a contraproposta apresentada à FUP e sindicatos filiados. A greve é nacional. Além da reposição da inflação já conquistada pela categoria, os petroleiros exigem ganho real de 10% e regramento para as PLRs futuras, entre outras reivindicações. A Petrobrás ofereceu reajuste na tabela da RMNR de 6,5%, o que representa ganho real entre 0,9% e 1,2% para os trabalhadores da ativa. Nas assembleias realizadas desde a última quinta (20), a base disse não essa proposta. A direção do Sindipetro orienta aos petroleiros a não pegar os ônibus a partir da meia noite desta terça (25), a não atender chamadas ou pedidos dos gerentes e a denunciar toda prática antissindical ao sindicato. O Conselho Deliberativo FUP se reúne na sexta (28) e define os rumos da campanha salarial. Estudo do Dieese mostra que em 370 negociações coletivas do primeiro semestre, 97% das categorias conquistaram, em média, aumento real de 2,23% acima do INPC. Segundo o Dieese, foi o melhor resultado das negociações salariais desde 1996.
Comunicado de greve
Os petroleiros baianos decidiram em assembleias realizadas desde a última quinta (20), seguindo indicação da FUP, deflagrarem greve de 24h a partir de zero hora desta quarta (26) na Petrobrás, Transpetro, Pbio. O comunicado de greve por tempo determinado foi encaminhado a todas as gerências. A direção do Sindipetro Bahia reafirma neste comunicado que não admitirá a prática das gerências de fazer uso de atos antissindicais que constituem uma afronta à Lei de Greve. Convocamos a todos os companheiros que denunciem toda e qualquer coação à categoria.