Cinco
dias antes da tragédia com o jato no qual viajava o presidenciável Eduardo
Campos, um dos pilotos que morreu, Marcos Martins, escreveu no Facebook que não
estava tendo tempo para descansar, devido às viagens que vinha fazendo
acompanhando as campanhas eleitorais. "Cansadaço, voar, voar e voar . E
amanhã tem mais. Recife", postou no dia 8 de agosto. Antes, no dia 5 ele
também se queixou: “Tempinho para dormir, a final isso não me pertence mais”.
O piloto
se formou pela Universidade Paulista (UNIP) e fazia parte de um grupo de
pilotos experientes. O outro piloto que morreu foi Geraldo Cunha. Ele dividia
com Martins o comando da aeronave. A aeronave (aparelho Cessna, prefixo PRAFA)
pertencia à empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda.. Com
apenas 350 horas de voo, estava com a manutenção em dia. A proprietária do
avião, em dificuldades financeiras, colocou o avião à venda no começo do ano,
sendo adquirido pela campanha de Eduardo Campos há três meses, quando passou a
voar única e exclusivamente para o candidato do PSB a presidente. O Corpo de
Bombeiros de São Paulo confirmou que pelo menos uma caixa-preta foi recuperada
nos destroços da queda do avião. O equipamento foi recolhido juntamente com as
turbinas da aeronave e entregue a equipes da Aeronáutica. O diretor-geral da
Polícia Federal, Leandro Daielo, determinou abertura de inquérito para
investigar o acidente. Cabe à PF a investigação de acidentes aéreos, sobre
culpados pelo acidente, para eventuais indenizações. Outra investigação será
feita pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
(Cenipa) da Aeronáutica. A investigação pode levar meses.
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