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terça-feira, 19 de abril de 2016

GENTIO DO OURO - BA - HISTÓRIA



HISTÓRICO - Há muitos anos, ainda nos tempos do Brasil-colônia,
em data até hoje desconhecida, - diz a lenda
-, dois escravos, seguindo as pegadas de reses desaparecidas,
se perderam nas matas e serras do Açuruá. Em uma
baixada próxima, estava localizado um grande pântano
que, mais tarde, se transformou nos grandes brejos de Gameleira
do Açuruá. Com a chegada da noite, resolveram galgar
uma elevação do terreno ou subir numa árvore, para
ver se conseguiam divisar a vereda por onde tinham vindo.
Receosos de algum perigo, andaram mais depressa, apavorados
e trêmulos, quando avistaram grande casa, tôda
coberta de erva e estragada pelo tempo. Com essa apari-
ção inesperada, os escravos, mais receiosos ainda, tomando-
-a por coisa misteriosa, fugiram em direção oposta.
Dias depois, em casa de seus senhores, os negros contaram
o que viram; ninguém, todavia, acreditou na informação.
A história se divulgou e, um dia chegou aos ouvidos
de pessoas mais curiosas, que resolveram apurar a veracidade
do caso. Para isso, organizaram um grupo de homens,
inclusive os tais . negros informantes. Muitas horas
andou a pequena bandeira e vários rumos foram percorridos
sem que encontrassem a casa procurada. Cansados, os membros
da comitiva já tinham planejado castigar os pobres
negros, quando alguém anunciou que estava vendo algo parecido
com a casa. Efetivamente era o que êles desejavam.
Ao se aproximarem, ficaram estarrecidos com o que viram:
uma grande casa, de construção sólida de. tijolo, coberta
de telhas, portas e janelas de boa madeira de lei. Depois
de limparem o terreno que circulava o imóvel, penetraram-
-lhe no interior por uma das portas, a qual se desprendeu,
caindo ao solo.
· Não menor foi a suprêsa ao vislumbrarem que ali ainda
existia um engenho de cana-de-açúcar, uma oficina de fa·
zer farinha e uma dezena de quartos, onde se abrigavam os
seus primitivos donos.
Quem a construiu? Quem ali habitou? São perguntas a
que, até hoje, ninguém soube responder, inclusive nonagená-
rios residentes no local.
Indubitàvelmente, ali estava a marca dos braços robustos
dos antigos escravos que acompanharam os primitivos
habitantes. Uma infinidade de sinalização em lajedos,
nas . atuais estradas, evidenciam a penetração de bandeirantes
por aquelas serras inóspitas.
Acredita-se que algum bandeirante tenha se localizado
ali e construído a citada casa, tornando-se mais tarde
senhor de engenho, ficando a casa conhecida com o nome
de "Casa das Antas", em virtude da grande quantidade de
excrementos seus ali encontrados. Ainda hoje há residências
particulares cobertas com telhas e fechadas com portas e
janelas de "Casa das Antas".
Em virtude da fertilidade dos terrenos, próprios para a
agricJ.lltura, formou-se pequeno núcleo colonizador e, mais
tarde, pelo Ato de 9 de julho de 1890, com a denominação
de Gameleira do Açuruá, foi criado o novo município, desmembrado
do de Xique-Xique, ocorrendo a sua inaugura-
ção a 9 de dezembro do mesmo ano. Pela Lei estadual nú-
mero 1966, de 17 de junho de 1927, foram criados no município
os distritos de Santo Inácio e Guigós (atual lgatu).
Em face da Lei estadual número 2 017, de 2 de agôsto
de 1927, passou a chamar-se apenas Açuruá.
Os Decretos estaduais n.os 7 455, de 23 de junho e
7 479, de 8 de julho, ambos de 1931, suprimiram o município,
e o de número 8 546, de 15 de julho de 1933, restaurou-o,
voltando a funcionar como tal em 9 de agôsto dêsse
mesmo ano.
Em virtude do Decreto-lei estadual número 10 724, de
30 de março de 1938, passou a denominar-se Santo Inácio
do Açuruá, cotn sede naquele. distrito, até que, por fôrça
do Decreto estadual número 11 089, de 30 de novembro de
1938, foi designado Santo Inácio, topônimo mais tarde substituído
pelo de Gentio do Ouro, pela Lei número 628, de
30 de dezembro de 1953, que determinou a mudança da
sede municipal daquele para êste último local.
A composição administrativa, de acôrdo com a mesma
lei, ficou constituída com os seguintes distritos: Gentio do
Ouro - sede municipal, Garneleira do Açuruá, Ibipeba,
Ibitunane, lguitu, Itajubaquara e Santo Inácio. .
Praça Capitão Modesto Paiva
LOCALIZAÇÃO - O município de Gentio do Ouro está
localizado na Zona Fisiográfica da Chapada Diamantina.
Totalmente incluído no Polígono ·das Sêcas, tem parte de
seu território banhada pelo rio Verde, cuja infiltração maior
se dá no distrito de lguitu. Limita com os municípios de
Xique-Xique, Brotas de Macaúbas, Morro do Chapéu e
Irecê.
A sede municipal possui as seguintes coordenadas geográficas:
11° 06' 50" de latitude Sul e 42° 46' 30" de longitude
W Gr. Dista da capital do Estado, em linha reta,
473 quilômetros, sendo o seu rumo O. N. O., a partir da
mesma.
\ 1-1 A S
'll'·
Posição do Município em relação ao Estado e sua Capital:
ALTiTUDE- A altitude da sede municipal é de 473 metros.

AREA- Possui o município 4 819 km2•
ACIDENTES GEOGRÁFICOS - Os acidentes geográficos
mais importantes são os seguintes: Lagoa da Itaparica, localizada
na fazenda Itaparica, no distrito de Santo Inácio,
medindo 6 por 5 quilômetros e com profundidade que varia
de 1 a 2 metros. A referida lagoa serve de limite municipal
entre Gentio do Ouro e Xique-Xique. É permanente
e a sua produção de peixes, extraordinária. O rio Verde é
o maior do município; está localizado no distrito de lguitu,
o qual divide ao meio, com largura variável de 10 a 20
metros, regando grandes áreas de plantação; dirige-se para
o município de Xique-Xique, pela fazenda Conceição e deságua
no São Francisco. É piscoso e sujeito ·a enchentes.
Outros rios e riachos não periódicos fluem poucos meses no
ano.
A serra do Açuruá, propriamente dita, tem elevaçã~
de 400 metros de altitude. Localizado no distrito de Gentio
do Ouro, está o morro do Peito, com a altura aproximada
de 250 metros; de sua semelhança com gigantesco peito hu-
:1.35
mano derivou o seu nome. O morro do Palácio encontra-se
no distrito de Gameleira do Açuruá e, possui na sua base
uma abertura que dá abrigo a homens e animais, advindo
daí o nome "Palácio". Mede aproximadamente 150 metros
de altura.
A gruta de Santo Antônio, distando apenas 200 metros
da vila de Santo Inácio, é muito interessante; tem 10
metros de comprimento, 2 de altura e 15 de largura, formando
amplo salão, tapeta'do de areia branca e fina.
Das quedas d'água localizadas no município, destacamos:
a do rio Pintor, com uma precipitação de mais de 20
metros, no distrito de Santo Inácio; a queda do Brejão, no
rio do mesmo nome, distrito de Gentio do Ouro, precipita-
ção de 15 metros de altura; a queda do Riachão, fica no
distrito de Gameleira do Açuruâ, no rio do mesmo nome,
altura aproximada de 15 metros; a queda no rio Escurão, localizada
nos limites de ltajubaquara e Gameleira, com precipitação
de 15 metros; a queda do Escorrega, localizada
no distrito de Gameleira do Açuruá, no rio Coquinhos e
com queda lenta de 20 metros, aproximadamente, verificando-se
mais abaixo outra com 5 metros. Tôdas são inaproveitadas
desde que os rios que as formam não são perenes.

CLIMA - O clima é ameno com variações lentas, sendo
por isto muito sadio. A temperatura na sede municipal em
1956 apresentou os seguintes dados: média das máximas
35°C; média das mínimas 15°C e média compensada 20°C.
RIQUEZAS NATURAIS - De origem mineral o cristal
de rocha é a sua maior riqueza, vindo em ordem decrescente
de importância o diamante, carbonato, ouro, pedra para
construção e argila. De origem vegetal há madeira
para construção, lenha, babaçu, carnaúba, castanha
da índia, maniçoba e mangabeira. De origem animal;
cêra e mel de abelha, caças e peixes, sendo a grande fonte
de riqueza do município, com o valor de Cr$ 329 600,00,
em 1955.
POPULAÇÃO - A população em 1950, era de 15 440 habitantes
(7 712 homens e 7 728 mulheres). Predominava a
côr parda, no total de 7 391, vindo em seguida os indivíduos
de côr branca com 6 023 e, finalmente, os de côr preta com
1 956 pessoas. Quanto ao estado civil, predominava o nú-
mero dos casados, nas pessoas de 15 anos e mais que somavam
4 604 contra 3 417 solteiros. Da população do município,
74,5% se localizavam na zona rural.
AGLOMERAÇÕES URBANAS- Existiam em 1950, seis
aglomerações urbanas no município assim distribuídas: Santo
Inácio então sede municipal, 663 habitantes;. vila de
Gentio do Ouro (atual sede municipal) 1320 habitantes;
Ibipeba 717 habitantes; lbitunane 281 habitantes; lguitu
342 habitantes; ltajubaquara 619 hab. De acôrdo com a
Lei 628 de 30-XII-1953, elevando o povoado Gameleira do
Açuruá à categoria de vila ficou o município acrescido de
mais uma aglomeração urbana com população de 530 habitantes.

OUTRAS AGLOMERAÇõES _.:_ Além da cidade e das vilas,
há no município os principais povoados cuja população,
estimada para 1957, é a seguinte: Lagoa Grande 350 habi-
.236
tantes; Mirorós 250 habitantes; Pituba 1 400 habitantes;
Aleixo 200 habitantes, e Riacho 150 habitantes.
ATIVIDADE ECONÔMICA- De acôrdo com o Recenseamento
de 1950, 37,2% da população do município estava
ocupada em extração de minérios, agricultura, pecuá-
ria e silvicultura; A atividade fundamental é a extração de
cristal de rocha, cuja produção se elevou, em 1955, a 1600
milhares de cruzeiros.
A produção agrícola, em 1955, atingiu a importância
de 4 370 milhares de cruzeiros, contribuindo com maior parcela
a mandioca, vindo, em ordem decrescente, fumo em
fôlha, feijão, cana-de-açúcar, arroz, milho e outros de menor
importância econômica.
Avenida Diamantina - Vila Santo Antônio
A atividade pecuária tem regular significação na economia
do município. Estima-se em 12 000 bovinos, 500
eqüinos, 1100 asininos, 400 muares, 7 000 suínos, 13 000.
ovinos e 12 000 caprinos o rebanho em 1955. Não tem indústria
importante, todavia existem pequenas indústrias rudimentares,
destacando-se a da farinha de mandioca, que
atingiu, em 1955, 2 633 milhares de cruzeiros.
MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES- Liga-
-se a cidade de Gentio do Ouro, por estrada de rodagem,
à capital do Estado e às cidades vizinhas nas seguintes distâncias:
Capital Federal - 2 278 km; Capital do Estado
- 894 km; às cidades de Brotas de Macaúbas - 104 km;
Irecê - 72 km; Morro do Chapéu - 120 km; Xique-Xique
- 96 quilômetros. O município possui quatro pequenos
campos de pouso; todavia não tem linha regular de
transportes aéreos.
COMÉRCIO E BANCOS - O comércio local tem liga-
ções diretas com o Rio de Janeiro, DF, para onde envia tô-
da a sua produção de cristal de rocha. Mantém transação
comercial com as praças de Juàzeiro, Jacobina, Salvador,
Xique-Xique e Ruy Barbosa, das quais importa as mercadorias
necessárias a seu abastecimento.
Na sede municipal existem 26 estabelecimentos varejistas
e 65 em todo município. O giro comercial, em 1956,
atingiu a 9 025 milhares de cruzeiros. O salário-mínimo oficial
decretado para a 4.a sub-região e da qual o município
faz parte é de Cr$ 2 000,00.
Aos sábados funcionam feiras-livres na sede municipal
e na vila de lbipeba, e, aos domingos, na vila de Itajubaquara,
constando, no entanto, de pequenas aglomerações
de pessoas da zona rural que trazem, para vender, arroz,
feijão, farinha de mandioca e frutas.
ASPECTOS URBANOS - A cidade está quase tôda localizada
em terreno montanhoso; apenas uma parte é plana.
Contam-se 15 logradouros, dos quais, quatro são parcialmente
pavimentados com pedras irregulares. A iluminação
pública estende-se apenas a seis dêstes logradouros.
De um total de 239 prédios, apenas 81 possuem
ligação elétrica. Os principais logradouros são: a Rua Modesto
Paiva, (antiga Estrêla) e a Praça do Mercado, onde
está sendo construída a sede da nova Prefeitura. Funcionam
duas pensões, uma Agência Postal-telegráfica do
D.C.T., Agência de Estatística e Coletorias Federal e Estadual.

ASSISTÊNCIA MÉDICO-SANITÁRIA - A assistência
médico-sanitária é prestada à população através do setor
número 11, sediado em Juàzeiro, do Departamento Nacional
de Endemias. Rurais.
ALFABETIZAÇÃO - De acôrdo com os dados do Recenseamento
de 1950, a população de 5 anos e mais era
de 12 996 habitantes, assim distribuídos: 6 480 homens
e 6 516 mulheres. Sabiam ler e escrever: 3 895 homens
e 2 440 mulheres, representando 29,97% da população de
5 anos e mais.
ENSINO- Existiam, em 1956, oito escolas estaduais, onze
municipais e três particulares, com matrícula aproximada
de 1 000 alunos.
OUTROS ASPECTOS CULTURAIS - Hâ três bibliotecas,
sendo duas na sede e uma no distrito de Santo
Inácio, de propriedade do Grêmio Lítero-Teatral "Artur
Azevedo"; as duas primeiras pertencem à Prefeitura Municipal,
com mais de 1 000 volumes, e à Agência de Estatísca na Praça
do Bandeira - Vila de Santo Inácio
tatística. Na vila de Santo Inácio, acha-se um grêmio Lí-
tero-Teatral "Artur Azevedo", que funciona irregularmente,
por falta de recursos financeiros, todavia está sendo
construído um prédio para sua sede.
CULTOS RELIGIOSOS - O município pertence à paróquia
do Senhor do Bonfim, do vizinho município de
Xique-Xique. Na cidade há uma igreja e uma capela; e,
no interior, mais quatro igrejas e dez capelas, tôdas da
religião católica, a única professada ali.
MANIFESTAÇÕES RELIGIOSAS E FOLCLÓRICAS dos
festejos populares, atualmente se realizam os "sambas
de matuto" que vêm a ser o mesmo que "roda de São
Gonçalo",_ os "pastoris" e os "presepes" em homenagem
ao Deus Menino, por ocasião da data de aniversário do
seu nascimento.
Ruo c:·• José Nogueira Avenida Cotegipe --:- Vila de Santo Inácio
As "rodas de São Gonçalo" ocorrem em qualquer época
do ano, levado a efeito pelo povo mais humilde da região;
apresentam"se com qualquer vestimenta, independente
de feitio ou côr. Ao cair da noite, em latadas previamente
armadas nos terreiros das casas, onde se vai realizar
o folguedo, começam a aparecer os cabeças da festa
e, em seguida, os demais componentes, colocando-se em
fila o pessoal que vai dançar. A um sinal convencional do
marcador é iniciada a dança e as duas filas seguem paralelas,
batendo palmas e cantando.
Os instrumentos que acompanham êsses folguedos
são, apenas, um tambor ou caixa e as palmas dos sambistas.

No município também se realizam "ternos de reis"
com seus componentes devidamente fardados, empunhando
arcos de cipó, ornamentados com papel de sêda colorido,
balançando ao centro lanterna "chinesa" com uma
vela acesa no seu interior. Os rapazes trajam geralmente
calça branca e camisa de côr vermelha ou azul, de acôrdo
com as exigências do "terno", e as môças à cigana, tirolesa
ou japonêsa. Formam-se duas filas paralelas, uma de
rapazes e outra de môças, cada par empunhando um arco
forma a aparência de um túnel móvel e multicor. Ao chegarem
à casa de alguém previamente avisada, e que propositadamente
a mantém fechada, cessam o cântico e, em
seguida, é iniciada uma cantiga denominada a "abrideira"
que tem, além de outras, uma estrofe que diz:
"0' Senhor dono da casa,
Viemos de longe, queremos entrar,
Abra esta porta, dê-nos abrigo,
Queremos comer, brincar e dançar".
A porta se· abre e os pares vão entrando e guardando
os arcos, que servirão para outro dia. Esta festa dançante
se prolonga por tôda a noite.
3.97
SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA E POLÍTICA - O
município conta 5 733 eleitores inscritos, tendo votado
3 542 nas eleições de 1954. O número de vereadores em
exercício é de oito. Em 1956, exerciam atividades 42 funcionários
assim distribuídos: federais 12, estaduais 12, municipais
29 e 1 autárquico.
FINANÇAS PÚBLICAS- O quadro abaixo apresenta as
finanças públicas municipais no período de 1950 a 1956:
RECEITA ARRECADADA Cr$ I 000\ DESPESA
REALIZADA
ANOS Municipal NO
Federal Estadual MUNICIPIO
(Cr$ I 000) Total Tributária --------·------·---------------- -----
1950 ....... - 126 483 ... 530
1951 ....... - 165. 445 ... 268
1952 ....... - 175 466 ... 522
1953 ....... - 172 773 ... 838
1954 ....... - 294 I 052 ... ... 1955 ....... -- 497 767 173 816
1956 ....... -- 566 910 165 I 110
NOTA. - Nilo há Coletoria Federal no Município.
JUSTIÇA - Primeiramente Assuruá, hoje Gentio do Ouro,
foi têrmo da comarca do Rio São Francisco, nela aparecendo
segundo o Ato estadual de 3 de agôsto de 1892.
Por fôrça da Lei estadual número 280, de 6 de setembro
de 1898 passou a têrmo da comarca de Brotas.
Foi extinto e anexado ao de Xique-Xique, da comarca
do Rio São Francisco, pelo Decreto Estadual número
264, de 4 de outubro de 1904. Em 1915, por fôrça da Lei
estadual número 1 119, de 21 de agôsto, o têrmo foi restaurado,
passando a fazer parte da comarca de Barra, sendo
mais tarde desmembrado desta e anexada à comarca
de Xique-Xique.
A comarca de Santo Inácio, atual Gentio do Ouro, foi
criada pelo Decreto-lei estadual número 412, de 19 de
junho de 1945, tendo sido desmembrada da de Xique-Xique.

Atualmente é de l.a entrância, constituída. do Têrmo
do mesmo nome. Ainda não instalada a comarca, continuam
os serviços judiciários na dependência da de Xique-Xique.
Conta 11 cartórios, sendo 7 do Registro Civil.

Não se verificou nenhum feito nos cartórios durante
o ano de 1956.
OUTROS ASPECTOS DO MUNICíPIO - Os naturais'
da ·comuna denominam-se "gentienses". A origem e significado
do nome do município atribuí~se ao fato da. descoberta
de minas de ouro e à afluência de muita gente para
explorá-las. Veio daí o topônimo: Gentio do Ouro.
O Prefeito em exercício é o Sr. Turíbio Celestino Santos,
e o Presidente da Câmara, o Sr. Epaminondas José
Rocha.
ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS, XX VOLUMA - IBGE - PAG. 234 A 238
(Compilação da Inspetoria Regional de Estatística por Aloísio
Alencar de Jesus. - Chefe da Agência Municipal de Estatística:
Antônio Carlos Pires Daltro.)
.238

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