Poder.
Intervencionistas avaliam que as Forças Armadas tem poderio militar para uma
tomada de poder no país e estão se preparando
Alimentados
pela crise política do governo de Dilma Rousseff (PT) e com receio de um “golpe
comunista”, civis e militares reservistas e reformados não descartam uma nova
intervenção militar “constitucional” no país. Além de acompanharem o cenário
nacional, oficiais inativos das Forças Armadas e empresários fazem trabalho de
organização e difusão da proposta de militarização do Executivo. Atrás apenas
dos Estados Unidos no continente americano em poderio bélico, as Forças Armadas
do Brasil teriam condições de tomar o Poder sem dificuldades, segundo os
intervencionistas.
O
empresário paulista Leandro Antônio Cimino, que participou dos protestos no
último dia 15 de março, explicou que é um dos 23 membros do Comando Central de
Intervenção (CCI). O grupo é composto por civis, como ele, e militares da
reserva. O CCI produz informativos que explicam a viabilidade de uma
intervenção militar. “Temos pessoas em outros países, como Alemanha e
Inglaterra, que conversam com as pessoas para mostrar o que é uma intervenção
militar constitucional”, disse. De acordo com Cimino, os agentes das Forças
Armadas que estão na ativa não podem se pronunciar sobre uma intervenção, mas
disse que seus colegas de CCI já enxergam “movimentações por parte do
Exército”.
Empresário
e sargento reservista do Exército, o gaúcho Marconi da Silva Olguins garante
que a “intervenção já está em curso”. Ele usa como exemplo a Campanha pela
Moralidade Nacional, lançada no último dia 19 de março no Clube Militar do Rio
Janeiro. “Esses eventos mostram que os reservistas estão organizados de forma
indireta, para não serem vigiados. A inteligência do Exército está acompanhando
o que está acontecendo na política. Eles estão preparados e fazendo exercícios
militares.” O general reformado do Exército Marco Felício acredita que seria
melhor o impeachment de Dilma, mas se a “aspiração do povo for por uma
intervenção, as Forças Armadas estarão prontas”. “As Forças Armadas estão
acompanhando o que está acontecendo. Não descarto uma intervenção”, disse.
O
presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro, o general Gilberto Rodrigues
Pimentel, explicou que a Campanha pela Moralidade é apenas para promover o
combate à corrupção e discutir a crise. “O país pode mudar, mas pela
democracia. Foram poucas pessoas que pediram a intervenção. Ela só aconteceria
se o caos se instalasse.” Perguntado se o Brasil pode atingir nível caótico, o
general respondeu: “o caminho que estamos indo não está bom. Falta firmeza para
punir malfeitores”.
Defesa. Oficial. Dentre as Forças
Armadas, apenas o Exército respondeu à reportagem sobre os pedidos de
intervenção. “O Exército age em conformidade com a Constituição. Não cabe à
instituição apresentar juízo de valor em relação aos assuntos políticos da
nação.”
PMB não apoia intervenção. - O fundador do Partido Militar Brasileiro (PMB), legenda que poderá ir às urnas na eleição de 2016, o deputado federal Capitão Augusto (PR-SP), defende que a mudança do país deve ser feita “nos pleitos e sem golpe”. “O partido vai possibilitar que pessoas se identifiquem com as bandeiras conservadoras por vias democráticas nas urnas. Não concordo com interve
PMB não apoia intervenção. - O fundador do Partido Militar Brasileiro (PMB), legenda que poderá ir às urnas na eleição de 2016, o deputado federal Capitão Augusto (PR-SP), defende que a mudança do país deve ser feita “nos pleitos e sem golpe”. “O partido vai possibilitar que pessoas se identifiquem com as bandeiras conservadoras por vias democráticas nas urnas. Não concordo com interve
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